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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Polinização

     A polinização consiste no transporte do grão de pólen desde as anteras até o estigma de um flor. Muitas flores produzem um liquido adocicado, o néctar, que é a principal fonte de carboidratos das abelhas. Quando a abelha se alimenta do néctar, ela acaba ficando com o corpo recoberto de pólen e, quando ela visita outra planta da mesma espécie, ela acabara deixando um pouco deste pólen, provocando uma polinização cruzada, Em determinadas espécies a polinização pode ser direta, isto é, a transferência de pólen faz-se para o estigma da mesma flor. Mas, a maior parte das espécies vegetais necessita de polinização cruzada o que permite a planta uma maior variedade genética. Neste caso a frutificação é mais abundante, os frutos ganham melhor aspecto e suas sementes se desenvolvem bem, pois cada grão de pólem que entre no estigma de uma flor vai dar origem a uma semente, permitindo um melhor poder germinativo, possibilitando uma variabilidade genética maior dos descendentes, aumentando a possibilidade de surgirem variedades mais produtivas e que se adaptem mais facilmente a novos ambientes. É necessário que o pólen seja transportado geralmente ou pelo vento - polinização anemófila – por animais, ou pelos insetos - polinização entomófila. Para q isso ocorra às flores possuem características que atraem os polinizadores, tais como nectários, coloração ou cheiro especial.
    Uma boa polinização é um fator limitante para uma boa produtividade de alimentos como, soja, milho, maracujá, feijão, arroz, e outros mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A bioquímica da fermentação.

FERMENTAÇÃO


     A fermentação é um conjunto de reações químicas controladas enzimaticamente, em que uma molécula orgânica (geralmente a glicose) é degradada em compostos mais simples, libertando energia. Em alguns casos a fermentação é usada para modificar um material cuja modificação seria difícil ou muito cara se métodos químicos convencionais fossem escolhidos. A fermentação é sempre iniciada por enzimas formadas nas celas dos organismos vivos. Uma enzima é um catalisador natural que provoca uma mudança química sem ser afetado por isto.
     Hoje sabemos que os processos fermentativos resultam da atividade de microorganismos, como as leveduras ou fermentos (fungos) e certas bactérias. A levedura comum é um fungo composto de minúsculas células tipo vegetais similares às bactérias. Suas enzimas invertase e zimase quebram o açúcar em álcool e gás carbônico. Elas crescem o pão e transformam suco de uva em vinho. Bactérias azedam o leite produzindo ácidos láctico e buturico. Células do corpo humano produzem enzimas digestivas, como pepsina e renina que transformam comida em uma forma solúvel. Exemplo de fermentação é o processo de transformação dos açúcares das plantas em álcool, tal como ocorre no processo de fabricação da cerveja, cujo álcool etilico é produzido a partir do consumo de açúcares presentes no malte, que é obtido através da cevada germinada.Outro exemplo é o da massa do (bolo, pão) onde os fermentos (leveduras) consomem amido.
     De um modo geral o termo fermentação também é usado na biotecnologia para definir processos aeróbios.
  
     Reações de Fermentação

     Pode-se considerar as reações da fermentação divididas em duas partes principais: a glicólise e a redução do ácido pirúvico.
     1) A glicólise é o conjunto de reações iniciais da degradação da glicose, semelhantes em todos os tipos de fermentação e na respiração aeróbia. Tem início com a activação da glicose, que recebe dois grupos fosfato, fornecidos pelo ATP, que se transforma em ADP.
     Por este processo de fosforilação a glicose transforma-se em frutose 1,6-difosfato (molécula com 6 carbonos e dois fosfatos) que será quebrada em duas moléculas de gliceraldeído 3-fosfato (molécula com 3 carbonos e um fosfato), pois é altamente instável.
     A energia desta quebra permite a ligação de um outro grupo fosfato inorgânico a cada uma destas moléculas, que se tornam gliceraldeído 1,3-difosfato. Estes grupos fosfato, energéticos, são então transferidos para moléculas de ADP, transformando-as em ATP. O gliceraldeído transforma-se, por sua vez, em ácido pirúvico.
     Sabe-se que a glicólise ocorre em praticamente todos os seres vivos, mesmo que complementada com outras reações, o que parece confirmar que deverá ter sido o primeiro fenômeno eficiente de produção de energia em células.
     2) A segunda parte da fermentação consiste na redução do ácido pirúvico resultante da glicólise. Cada molécula de ácido pirúvico é reduzida pelo hidrogénio que é libertado pelo NADH2 produzido na glicólise, originando, conforme o tipo de organismo fermentativo, ácido láctico, ácido acético ou álcool etílico e dióxido de carbono.
     Assim, o rendimento energético líquido deste processo fermentativo é de apenas 2 moléculas de ATP por cada molécula de glicose degradada (recordemos que para activar a glicose foram investidos 2 ATP e que no final se produzem 4 ATP). Este processo é, portanto, muito pouco eficiente, pois apenas 4% da energia contida na molécula de glicose é disponibilizada para o organismo.
     A fermentação não utiliza oxigênio e decorre no citoplasma das células, sendo cada etapa catalisada com a ajuda de uma enzima diferente.
PRINCIPAIS TIPOS DE FERMENTAÇÃO

     Fermentação Lática

     Consiste na oxidação anaeróbica, parcial de hidratos de carbono, com a produção final de ácido lático além de várias outras substâncias orgânicas. É processo microbiano de grande importância utilizado pelo homem na produção de laticínios, na produção de picles e chucrute, e na conservação de forragens. Por outro lado, é responsável pela deterioração de vários produtos agrícolas.As bactérias utilizadas industrialmente são as anaeróbias e microaerófilas, para a produção de ácido acético, lático, glucônico, propiônico e outros, ou para a produção de alimentos (já citados). Os fungos também são usados na produção de ácidos por via fermentativa.
     Os principais ácidos são: cítrico, glucônico, fumárico, lático, gálico, ácidos graxos e outros. São provenientes da degradação anaeróbica de glicídeos por oxidação incompleta. As bactérias envolvidas nos processos para obtenção de ácidos são principalmente as do gênero Acetobacter e Lactobacillus. As bactérias podem formar inúmeros ácidos diferentes. São, no entanto, de maior interesse econômico algumas das bactérias produtoras de ácido lático, ácido acético e de ácido propiônico.

     Fermentação Alcoólica

       É o processo através do qual certos açúcares, principalmente a Sacarose, Glicose e Frutose são transformados em Álcool Etílico (ou Etanol).
     Para que isto ocorra, entretanto, torna-se necessária a ação de um "pool enzimático" para o desdobramento destes açúcares em álcool. Estas enzimas são fornecidas por microorganismos, as leveduras (ou fermento).

      Fermentação Cítrica
    
     O ácido cítrico, largamente utilizados nas industrias de alimento, refrigerantes, medicamentos, tintas e outras, eram anteriormente extraído de frutos cítricos. Atualmente, é obtido por oxidação parcial aeróbica de hidratos de carbono (sacarose, principalmente) por ação de certos fungos, entre os quais Aspergillus niger, A. wentii, Mucor spp. etc.

     Fermentação Butírica

     Fermentação butírica é a reação química realizada por bactérias anaeróbias, através da qual se forma o ácido butírico. Este processo foi descoberto por Louis Pasteur em 1861.Se produz, a partir da lactose ou do ácido láctico, ácido butírico e gás. É característica das bactérias do gênero Clostridium e se caracteriza pelo surgimento de odores pútridos e desagradáveis.
     A fermentação butírica é a conversão dos carboidratos em ácido butírico por ação de bactérias da espécie Clostridium butyricum na ausência de oxigênio.

     Fermentação Acética

     Consiste na oxidaçao parcial, aeróbica, do álcool etílico, com produção de ácido acético. Esse processo é utilizado na produção de vinagre comum e do ácido acético industrial. Desenvolve-se também na deterioração de bebidas de baixo teor alcoólico e na de certos alimentos. É realizada por bactérias denominadas acetobactérias, produzindo ácido acético e CO2.
     A fermentação acética corresponde à transformação do álcool em ácido acético por determinadas bactérias, conferindo o gosto característico de vinagre. As bactérias acéticas constituem um dos grupos de microrganismos de maior interesse econômico, de um lado pela sua função na produção do vinagre e, de outro, pelas alterações que provocam nos alimentos e bebidas.
     A bactéria acética ideal é aquela que resiste à elevada concentração de álcool e de ácido acético, com pouca exigência nutritiva, elevada velocidade de transformação do álcool em ácido acético, bom rendimento de transformação, sem hiperoxidar o ácido acético formado, além de conferir boas características gustativas ao vinagre. Essas bactérias acéticas necessitam do oxigênio do ar para realizarem a acetificação. Por isso multiplicam-se mais na parte superior do vinho que está sendo transformado em vinagre, formando um véu conhecido como "mãe do vinagre". Esse véu pode ser mais ou menos espesso de acordo com o tipo de bactéria.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Euglena, um protista diferente.

Gênero Euglena

Posição Taxonômica:

Reino: Protista

Filo: Euglenophyta

Classe: Euglenophyceae

     Descrição Resumida da Alga: Alga unicelular de forma alongada com dois flagelos de inserção anterior, geralmente um muito grande e outro muito pequeno que não sai do reservatório. Plasto parietal. A parede é de natureza protéica - película - e a substância de reserva é o paramilo. Não se conhece a reprodução sexuada. Reprodução assexuada por divisão longitudinal da célula. Apresenta estigma e 2 ou mais pirenóides.
Euglena tripteris. São bem visíveis as acumulações de paramilo em forma de bastonete, assim como o estigma, na extremidade das células.


     Algumas algas com pigmentos fotossintetizantes como, por exemplo, certas espécies de Chlorela, Chlorogonium, Euglena e Navicula são capazes de crescer normalmente no escuro ou em ambiente de carência de gás carbônico, desde que lhes sejam fornecidas substâncias químicas de alto teor energético e facilmente metabolizáveis, como ácidos graxos, acetatos, carboidratos, etc.
Em um outro exemplo, algumas formas fagotróficas (Ochromosnas, Dinobryon) são capazes de assimilar alimento sob forma de partículas em vácuo dentro da célula, à maneira dos protozoários e como suplemento à fotossíntese.
     Pode-se dizer, então, que os processos de síntese de alimento entre as algas basicamente não diferem daqueles desenvolvidos pelas outras formas de vida, apresentando na verdade uma gama de variações consideráveis dentro de cada tipo de processo metabólico, uma característica normal de organismos menos desenvolvidos. Outra característica importante do metabolismo das algas é a sua habilidade notável de assimilação de substratos variados, como na variação considerável que pode ocorrer nas porcentagens dos vários produtos de metabolismo acumulados no interior do organismo.
  
     Embora a euglena faça parte do reino protista, esta dentro de uma classe de plantas, por também possuir características deste reino. Convido você leitor a participar da enquete onde você pode dar sua opinião dizendo se a euglena deve fazer parte do reino Protista ou Plantae.

domingo, 20 de junho de 2010

Permacultura- Consuma sem consumir o mundo em que vive.

     Modelo de cultura permanente procura criar um sistema auto-sustentável e que respeite peculiaridades de cada região.
Conseituada na década de 70 pelo professor univercitário australiano Bill Mollison, com ajuda de David Holmgren, a permacultura parte de um princípio de que toda ação do homem sobre a natureza deve estar plenamente integrada às necessidades e capacidades do meio ambiente. Isto é, produzir respeitando as particularidades ambientais e socioculturais do local.
     O termo permacultura é conhecido também como cultura permanente e foi pensada inicialmente para ser implantado em uma determinada região da Australia, onde a degradação ambiental já se encontra em estágio avançado, principalmente por causa de agricultura tradicional baseado na monocultura extensiva -que causa grande impacto ambiental.
     Desta forma, uma outra proposta, que constitui na policultura de plantas com características de clima e solo compatíveis com a região, passou a ser utilizada. A máxima da permacultura é aproveitar tudo aquilo que o proprio meio pode oferecer, assim, mesmo em regiões pouco favoráveis é possivel construir um sistema agrário sustentável.
Um modelo de permacultura ideal seria um lugar onde tudo pode ser reciclado e reutilizado por meio de uma conexão funcional entre as partes envolvidas, um sistema montado que pode se auto suprir.
     Esse padrão de perfeição não é facil de ser alcaçado, mas, seguindo os princípios da permacultura, desde que sejam respeitadas as pecularidades de cada região e uma lógica determinada pela própria natureza, é possível, no minimo, diminuir um pouco os impactos ambientais causados pelo consumo com algumas pequenas medidas alternativas. Tudo é uma questão de conseguir enxergar as possibilidades.
    É importante ressaltar que permacultura em uma zona rural é uma coisa, você pode construir sua casa de uma forma ecologicamente correta, cultivar alimentos orgânicos em sistemas agroflorestais. Na zona urbana é diferente, mas você pode cultivar em casa ou apartamento alimentos, mesmo que sejam só temperos, separar o lixo, fazer compostagem com lixo orgânico, mobilizar seu bairro ou condominio para adotar medidas ecologicamente corretas e assim contribuir também para mudança de valores.

Efeito Estufa

CONSEQUÊNCIAS E CAUSAS


     As causas apontadas pelos cientistas para justificar este fenômeno podem ser naturais ou provocadas pelo homem. Contudo, cada vez mais as pesquisas nesta área apontam o homem como principal causa.
Fatores como a grande concentração de agentes poluentes na atmosfera contribui para um aumento bastante significativo do efeito estufa.
     No efeito estufa a radiação solar é normalmente devolvida pela Terra ao espaço em forma de radiação de calor, contudo, parte dela é absorvida pela atmosfera, e esta, envia quase o dobro da energia retirada à superfície terrestre. Oque possibilita a vida em nosso planeta. Entretanto, os agentes poluentes presentes na atmosfera o intensificam ocasionando um aumento de temperatura bem acima do considerado normal.
     O fator que evidenciou este aquecimento foi à investigação das medidas de temperatura em todo o planeta desde 1860. Alguns estudos mostraram ser possível que a variação em irradiação solar tenha contribuído significativamente para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.
     Dados recebidos de satélite indicam uma diminuição de 10% em áreas cobertas por neve desde os anos 60. A região da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão tem diminuído em cerca de 10% a 15% desde 1950.
     Estudos recentes mostram que a maior intensidade das temperaturas ocorridas estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores foram responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões nos EUA, México e países do Caribe. Essas alterações climáticas vêm atingindo também a América do Sul e vem preocupando os pesquisadores.
     Observe que a variação da temperatura está bem mais elevada entre 1900 a 2000 do que qualquer média prevista do ano 1000 a 1900, devido à altíssima emissão de gases poluentes que se iniciaram no século XX após a revolução industrial. E agora o que vocês acham que podemos esperar para o século XXI? Uma média prevista para uma lógica contínua de uma pequena elevação, ou uma elevação ainda mais acentuada do que no século XX? Espero que com o esforço de todos, as futuras gerações possa ver a continuação deste gráfico com uma surpreendente queda. Até porque se não houver uma enorme queda na emissão de gás carbônico, ocorrendo apenas uma pequena diminuição não haverá mais continuidade para este gráfico.